À noite, tarde, pego na pedra da tinta.
Corado pelo vinho, ponho o meu pincel gasto sobre o papel.
Quero que a minha caligrafia produza a flagrância dos rebentos de ameixeira
e ainda que velho, vou tentar com mais força que ninguém.
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Depois de um passeio pelos campos verdes, acompanhado pelo vento da primavera,
Li Po dormita ao lado da minha mesa.
O meu convidado pediu-me para fazer-lhe uma pintura do poeta -
isso é fácil, uma vez que gosto de vinho tanto como Li Po.
(Ryôkan)