Peguei no meu bastão e devegar fiz o percurso
que leva à cabana em que vivi tantos anos.
Os muros tinham desabado e agora era abrigo de raposos e coelhos.
O poço ao pé da mata de bambu tinha secado
e densas teias de aranha cobriam a janela onde costumava ler à luz da lua.
Os degraus estavam cheios de ervas selvagens
e um grilo solitário cantava no frio amargo.
Perambulei de forma interminente,
incapaz de afastar-me enquanto o sol se punha com tristeza.
(Ryôkan)