Filhos do Tempo, hipócritas, os Dias,
parvamente cobertos, como dervixes descalços,
e marchando sozinhos numa fila infindável,
apresentam diademas junto a feixes de lenha.
Oferecem presentes consoante a vontade:
pão, reinos, estrelas, o céu que abarca tudo.
No meu jardim selvagem, olhei aquela pompa,
esqueci os meus votos matinais, prestamente
peguei em ervas e maçãs, e o Dia
virou e partiu em silêncio. Tarde demais,
eu vi, sob a solene febra, desprezo.