Basculho nos limites do coração.
Há um abismo interminável depois da fronteira até onde chego
e as minhas mãos desaparecem se tenciono tocá-lo.
O infinito é um pixel.
O coração torna rígido quando tenciono desenhá-lo ou desenhar-me.
Retomo forças para largá-lo tudo.
Para largar-me.
Para largar amarras.
Não sou capaz de controlá-lo. Esta merda vai mesmo estourar. Antes era uma metáfora. Agora é uma panela a pressão.
Esta é a oitava entrada que deixo no dia. É óbvio que de repente quebrou a barragem ou qualquer coisa que me retinha. Está bem como início. Mas em breve terei que parar este estouro, reconduzi-lo para a vida. Porque é a única forma de que perdure e quero, mais do que nunca, conservá-lo.
Que o estouro seja um rebento.
Que o coração floresça.
Que seja primavera.
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