Post ao acaso

Três poemas de amor e nostalgiaTrês poemas de amor e nostalgia

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    • Em solidão espreito a cara branca da geada. Não vai para nenhures, como eu não venho de nenhures. Tudo passado a ferro, plissado, sem uma ruga: a milagrosa planície que respira. O sol franzindo os olhos perante a pobreza engomada - a própria goma…
    • Filhos do Tempo, hipócritas, os Dias, parvamente cobertos, como dervixes descalços, e marchando sozinhos numa fila infindável, apresentam diademas junto a feixes de lenha. Oferecem presentes consoante a vontade: pão, reinos, estrelas, o céu que abarca…
    • aprendi cedo os princípios de Mies Van der Rohe naquela praia soube por instinto que topless era top-more Foto de gdtography em Pexels
    • espasmo no meio do nada alguma cousa o ruido de martelos ao longe ou a pressão do corpo contra a cama recordos a construir imagens ou desejos a memória a inventar passados que sempre foram ou não realidades o fundo do olho que não constrói mais…
    • tinha uma rosa no peito e passeava nas suas mãos o peso das gaivotas suspensas na garroa do verão e tinha nos pés as asas da andorinha nas virilhas o vento que as narinas pariam fresco e leve porque tinha uma rosa no peito e teias de aranha como pele…
    • se a história é aquilo que os livros guardam porque a memória não chega e se todas e todos nós carregamos a história que é nossa muito além da memória consciente e se a memória é seletiva e todo o mundo sabe que a memória é seletiva que nos esconde o…
    • Alma minha, cuida-te da pompa e a glória. E se não puderes refrear as tuas ambições, vai, pelo menos, atrás delas hesitante, cautelosamente. E quanto mais alto estiveres, mais incisivo e cuidadoso tens de ser. E quando atingires o cume, César por fim –…
    • Avaro amor, porque é que vais reter em ti somente a herança de beleza? Empresta, nada dá, a natureza, livremente mas só a quem livre der. Sovina da beleza, porque abusas daquilo que foi dado para dares? Usurário sem ganho, porque usares, sem poderes…
    • Na ribeira, a brisa inclina a relva fina e o alto mastro parece solitário no meu bote. As estrelas espalham-se tão perto da planície aberta, e a lua ondula sobre o rio Yangtzé. De que vale a fama, o estátus de grande poeta? O que é sujeito a doença e a…
    • Olha no espelho a tua face e diz “é tempo de uma nova já criares fresca", se deceção não desejares roubando ao mundo o que uma mãe bendiz. Quem, de ventre virgem, é a arrogante que desdenhe a semente que tu enterras? Quem de vaidade tal cavada em terra…
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