Alegria e tristeza, amor e ódio, luz e sombra, calor e frio, goce e irritação, eu e o outro.
Desfrutar da beleza poética pode facilmente levar para o inferno.
Mas olha o que achamos espargido ao longo de todo o nosso Caminho:
rebentos de ameixeira e flores de pessegueiro!
(Ikkyu Sojun)
Nos nossos dias os monges estudam duramente para dar a volta
a uma frase e ganharem fama como poetas de talento.
Não existe tal talento sob o chapéu de Nuvem Louca, mas ele serve o sabor da verdade
a cocer arroz num velho caldeirão que cambaleia.
(Ikkyu Sojun)
Todos os dias, os sacerdotes examinam ao minuto o Dharma
e sem parar cantam sutras complicados.
Antes deviam aprender a ler as cartas de amor
que mandam o vento e a chuva, a neve e a lua.
(Ikkyu Sojun)