Em solidão espreito a cara branca da geada.
Não vai para nenhures, como eu não venho de nenhures.
Tudo passado a ferro, plissado, sem uma ruga:
a milagrosa planície que respira.
O sol franzindo os olhos perante a pobreza engomada -
a própria goma consolada, plácida…
o bosque decuplicado praticamente igual…
e a neve estala contra os olhos, inocente, como pão limpo.
Filhos do Tempo, hipócritas, os Dias,
parvamente cobertos, como dervixes descalços,
e marchando sozinhos numa fila infindável,
apresentam diademas junto a feixes de lenha.
Oferecem presentes consoante a vontade:
pão, reinos, estrelas, o céu que abarca tudo.
No meu jardim selvagem, olhei aquela pompa,
esqueci os meus votos matinais, prestamente
peguei em ervas e maçãs, e o Dia
virou e partiu em silêncio. Tarde demais,
eu vi, sob a solene febra, desprezo.
aprendi cedo os princípios
de Mies Van der Rohe
naquela praia soube por instinto
que topless era
top-more